Um naufrágio de quase 2.000 anos foi descoberto na costa da Sicília, na Itália. Por meio de uma operação liderada pela agência de proteção ambiental ARPA Sicilia, em parceria com a Superintendência do Mar (SopMare), pesquisadores trabalham para desvendar a história do malfadado navio.
Logo após sua descoberta, um navio de alta tecnologia operado remotamente mergulhou 92 metros abaixo do Mar Mediterrâneo para explorar mais. Lá, o robô encontrou uma “grande carga de ânforas” dentro e ao redor do naufrágio, de acordo com um comunicado da ARPA (traduzido).
Normalmente feitas com pescoço e alças finas, as ânforas de cerâmica eram as preferidas pelos romanos para transportar vinho e outros produtos alimentícios pelo império com facilidade e eficiência.
“O Mediterrâneo continuamente nos dá elementos preciosos para a reconstrução de nossa história ligada ao comércio marítimo, os tipos de barcos, o transporte realizado”, disse Valeria Li Vigni, líder da expedição da SopMare, no comunicado. “Agora saberemos mais sobre a vida a bordo e as relações entre as populações costeiras.”
Esta não é a primeira descoberta de ânforas de alto perfil. Em 2013, pesquisadores descobriram um naufrágio da Idade do Bronze carregando entre 6.000 e 8.000 ânforas. Foi a quarta maior carga a ser encontrada no Mediterrâneo e solidificou as suposições históricas sobre o comércio de vinho entre civilizações antigas.
Os arqueólogos continuam a descobrir evidências históricas ao longo da vasta rota comercial da Roma antiga, de restos de especiarias do Oriente Médio a vasos gregos lascados.