A Peterlongo é a única vinícola brasileira (e do mundo, fora da França) que possui o direito de usar no rótulo dos seus produtos o termo “champanhe” – um aportuguesamento da denominação “champagne”. É sediada em Garibaldi, uma cidade da Região Sul do Brasil conhecida como a “capital brasileira do espumante”.
O imigrante italiano Manoel Peterlongo chegou ao Brasil em 1899. Neto de um produtor de espumantes, começou a produzir a bebida em 1913, seguindo a metodologia difundida por Don Perignon com o “método champenoise”. Em 1915 foi fundado oficialmente o Estabelecimento Vinícola Armando Peterlongo S/A, nome dado em homenagem ao único filho homem da família.
Champagne fora da França?
Na primeira metade do século XX, algumas vinícolas francesas chegaram a questionar a utilização do termo champagne em rótulos brasileiros. Mas no ano de 1974, o Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil julgou improcedente a questão e a Peterlongo ganhou o direito da denominação, que fora absorvida desde o início da elaboração da bebida por Manoel Peterlongo. A explicação foi simples: a empresa já produzia espumantes pelo método tradicional antes mesmo da região francesa do champanhe conquistar sua Denominação de Origem (DO).
Além do histórico de elaboração de champagnes pelo método tradicional (com a segunda fermentação na própria garrafa), o tribunal levou em conta para a decisão o fato de a vinícola ter sido a primeira a plantar uvas viníferas brancas no Brasil, além de importar leveduras de alta qualidade da França.
“Nós optamos por manter o termo em uso. E fizemos porque ele é a parte fundamental da composição da marca Peterlongo. No Brasil e no mundo, o nosso champagne é um espumante do Brasil, elaborado pelo método tradicional da melhor qualidade. Porém, ser Peterlongo é ser champagne. Isso faz parte da memória cultural e produtiva da vitivinicultura brasileira”, argumenta Luiz Sella, sócio-diretor da vinícola.
Atualmente, a empresa mantém o termo champanhe nos rótulos da marca Elegance, a linha superior de espumantes, enquanto as restantes adotam o termo espumante.
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