Rudy Kurniawan é um nome que muitos conhecedores de vinhos reconhecem. Infelizmente, não é por suas habilidades como enólogo, mas por ser um dos maiores trapaceiros e falsificadores de vinhos da história.
Kurniawan foi condenado em 2014 a 10 anos de prisão depois de se declarar culpado de fraude em vinhos raros e caros. Nascido em Manado, Indonésia, em 1978, ele foi educado em Jakarta e posteriormente se mudou para os Estados Unidos, onde foi visto como um comprador de vinhos de alto nível.
Quem foi Rudy Kurniawan?
Rudy Kurniawan adquiriu fama como degustador de vinhos, mas foi posteriormente preso e condenado por falsificar vinhos de grandes marcas. Ele foi preso em 2012, depois de vender vinhos falsificados avaliados em mais de US $ 30 milhões ao longo de uma década. Em 2014, foi condenado a 10 anos de prisão por conspiração para contornar as leis federais sobre vinhos. Kurniawan foi acusado de fazer vinhos falsos a partir de vinhos de baixa qualidade e de outras bebidas, etiquetá–los como raros vinhos de safra antigos e vendê–los a colecionadores em todo o mundo.
Kurniawan começou a se destacar na comunidade de vinhos em 2006, quando ele foi um dos maiores compradores de vinhos de leilão dos EUA. Ele comprou grandes quantidades de vinhos raros e caros de produtores famosos, como Domaine de la Romanée–Conti (DRC) e Petrus. Kurniawan também frequentemente organizava jantares caros e exclusivos, onde servia copos de vinhos caros aos seus convidados.
Tudo isso foi possível graças à enorme quantia de dinheiro que ele investiu na compra de garrafas de vinhos. Na época, muitos pensavam que ele era apenas um comprador de vinhos de alto nível altamente abastado. Porém, poucos sabiam que ele estava usando seu dinheiro para fabricar garrafas falsificadas. Em 2012, Kurniawan foi preso pela primeira vez e acusado de fraude em vinhos. As autoridades descobriram que ele tinha diferentes tipos de tinta, garrafas e rótulos em sua casa.
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Ele também tinha uma máquina de rotular, que ele usava para criar rótulos que pareciam autênticos. Após a prisão, a investigação revelou que Kurniawan tinha fabricado e vendido cerca de US $ 30 milhões em vinhos falsificados. Ele foi acusado de fabricar uma variedade de vinhos raros e caros, como Petrus, Château Lafite Rothschild, Domaine de la Romanée–Conti, e Krug. Kurniawan foi sentenciado a 10 anos de prisão em 2014 e condenado a pagar US $ 28,4 milhões em danos. Depois de ser preso, ele foi deportado de volta à Indonésia e tem sido livre desde então. Embora Kurniawan tenha sido punido por suas ações, ele deixou um grande legado na indústria do vinho.
Atualmente, os produtores de vinhos e os compradores são obrigados a ser mais cuidadosos ao investir nos vinhos raros e caros. Por causa de Kurniawan, os produtores de vinhos agora têm que se certificar de que seus vinhos sejam autenticados por especialistas antes de serem vendidos. Kurniawan foi o maior falsificador de vinhos da história e sua história certamente servirá como um lembrete da necessidade de serem tomadas medidas mais rigorosas para garantir a autenticidade dos vinhos.