Já se perguntou por que o brasileiro gosta tanto do vinho mais doce (suave)?
Pode ser que você seja da turma dos secos, mas saiba que a grande maioria dos brasileiros optam pela versão suave ou meio-seco dos vinhos. Tanto que é a maioria dos vinhos mais vendidos no país.
Inclusive o vinho mais vendido no país, há alguns anos seguidos, é o Pérgola Suave (já falamos sobre isso anteriormente).
Mas e aí, por que será que os brasileiros gostam tanto do vinho suave?
Na verdade é possível fazer uma relação bem direta com o consumo do açúcar no geral.
Alguns estudos mostram que o brasileiro têm um consumo muito alto de açúcar. Pra você ter uma ideia, o brasileiro consome, em média, 50% a mais de açúcar do que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Se você reparar, os doces mais famosos no país (brigadeiro, pudim, etc.) são extremamente açucarados. Tanto que alguns chefs renomados no mundo provaram e deram declarações meio polêmicas por aqui (achando muito exagerados no açúcar).
Pro lado do drink, qual é o coquetel mais famoso no país? CAIPIRINHA.
Se você pedir uma caipirinha em qualquer lugar, você vai reparar que é mais açúcar do que cachaça que se coloca na maioria dos lugares. E muito açúcar pra um único drink.
O importante é deixar docinho, como o brasileiro gosta.
Na Idade Média, o açúcar era considerado uma especiaria. Mais caro que o grama do ouro, era utilizado como presente para papas, reis e nobres. Chegou a ser usado até como pagamento por serviços de trabalhadores.
A história começou nas caravelas de Cabral, no século XVI, na época do “Descobrimento”.
Os portugueses estabeleceram engenhos de cana no País e trouxeram a tradição dos doces e da utilização do ingrediente em diversos pratos. Esses fatores compõe um cenário histórico e cultural relevante, conhecido também como a Rota do Açúcar.
O açúcar foi tão importante para a economia que foi uma das principais fontes de renda do Brasil no período colonial. E isso fez com que, diferente de muitos outros países, os brasileiros tivessem acesso fácil ao açúcar na sua mesa.
E o país continuou sempre tendo uma grande produção de açúcar – inclusive de etanol-, perdurando o costume do acesso ao açúcar até os tempos atuais.
Começando que cada um toma o que quiser, né? E tá tudo bem.
Não existe um “problema” no sentido de consumo de vinho. Inclusive existem outros países que consomem vinhos suaves (Alemanha, China, Rússia, México, dentre outros). É lógico que são vinhos feitos com uvas viníferas e sem adição de açúcar (o que é diferente do padrão brasileiro).
O único problema do vinho suave nacional, que vale ressaltar, é que não é um vinho bom pra saúde.
O vinho suave tem entre 25g e 80g de glicose por litro (enquanto o seco tem no máximo 4g). E, como já citado anteriormente, não é apenas da uva (como o padrão fora do país), mas sim com adição de açúcar.
Você pode ver essa informação na embalagem dos vinhos suaves (caso tenha dúvidas)…
E o mix de álcool + açúcar é prejudicial para a saúde.
Mas é aquilo, cada um toma o que quer. E cada um toma conta da sua saúde! rs
E aí, você é da turma dos suaves ou dos secos? Conta pra gente!
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Eu sou da turma do vinho seco.
Mas a minha caipirinha tem que ser de abacaxi e bem docinha. Kkkkkk
Como produtor artesanal e amante de vinho, me atrevo dizer que este vinho doce (com adição de açúcar de cana) nem deveria ter nome de vinho. Sugiro bebida doce aromatizada de uva..
Pra mim o melhor vinho é o pérgola amo de paixão