Quem diria que a Serra da Mantiqueira seria um campo fértil para o enoturismo e, principalmente, a produção de vinhos finos de excelente qualidade?
Pois é isso que está acontecendo na região que está até sendo chamada de “Nappa Valley Brasileira”.
Para quem não conhece muito a região, a Serra da Mantiqueira é uma cadeia montanhosa que se estende por três estados do Brasil: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
As principais vinícolas ficam no eixo São Paulo – Minas Gerais. Seus vinhos já estão fazendo sucesso, tanto no Brasil quanto em premiações internacionais!
Conheça 7 vinícolas que valem a visita em uma viagem pela Serra da Mantiqueira, tanto pelas suas estruturas quanto pelos seus excelentes vinhos finos:
A Vinícola Guaspari fica em Espírito Santo do Pinhal (SP) e traduz a paixão e o espírito empreendedor de uma família que se dedicou a transformar uma antiga fazenda de café em uma bela e instigante vinícola.
Em 2006, foram plantadas as primeiras videiras. Eram mudas de diversas variedades francesas, escolhidas em virtude das características do terroir da região. Dois anos após o primeiro plantio, a vinícola foi construída. O primeiro vinho foi produzido em 2008, de maneira artesanal. Foram apenas 30 garrafas, que reforçaram o potencial do projeto. Gradualmente a área de plantio foi ampliada, chegando hoje a 50 hectares de vinhedos próprios a partir dos quais todo o vinho é produzido.
A Guaspari trabalha com barricas de carvalho francês (Taransaud, François Frére e Ermitage), tanque de concreto oval, linha de produção e engarrafamento italianos e laboratório próprio para controle de qualidade.
Vinícola Guaspari
Rua Pedro Ferrari, 300 – 13990-000
Espírito Santo do Pinhal – SP
A Casa Verrone nasceu de um sonho e admiração por vinhos do proprietário Marcio Verrone. Quando no ano de 2000 após vários contatos, começou um curso na cidade de São Paulo-SP, onde o interesse se tornou uma paixão e a curiosidade o levou a viajar em busca de novos estudos e informações, e a cada novo aprendizado e descobertas esta paixão crescia.
Em 2009 foram plantadas as primeiras videiras e logo validou-se o processo, pois a produção e qualidade superaram as expectativas. Após os resultados favoráveis, esta área logo foi ampliada e hoje somam um total de 12 hectares plantados de videiras européias.
Vinhedo cultivado na Serra da Mantiqueira, onde a altitude tem peso importante na qualidade final do produto. O solo apropriado, o clima favorável e as uvas especiais tornam nosso vinho uma bebida para quem aprecia uma linha de produtos de alta qualidade. A família Verrone vem através dessa qualidade, realizar um sonho: o de produzir uma bebida para paladares exigentes, finos e diferenciados.
Casa Verrone
Rod. Dep. Eduardo Vicente Nasser, KM 03 (Sentido Itobi/São José Do Rio Pardo) – CEP:13715-000
Itobi – SP
A vinícola Estrada Real foi fundada em 2001 por Murillo de Albuquerque e seus sócios, Marcos Arruda Vieira, Patrick Arsicaud e Thibau De Salettes.
Inspirados nas observações de especialistas franceses, eles apostaram na inversão do ciclo da videira através da técnica da dupla poda. Com esta técnica, as fases de crescimento, maturação e colheita da uva, que no ciclo normal da planta ocorrem no período das chuvas (primavera-verão), passam a acontecer no período da seca (outono-inverno) resultando em vinhos finos de excelente qualidade e ótimo potencial de envelhecimento.
Vinícola Estrada Real
R. Mármore – Vila Fernao Dias, Três Corações – MG, 37410-000
A Vinícola Ferreira está localizada ao lado da Represa São Bernardo, no Municipio de Piranguçú, na Serra da Mantiqueira, com 1.767 metros de altitude e a 30 km do centro de Campos do Jordão – SP.
Os vinhos são produzidos artesanalmente com uvas sustentáveis a 1.767 metros de altitude. Com uma vista deslumbrante para a Serra da Mantiqueira, é um lugar especial para observar, contemplar e saborear um excelente vinho acompanhado de familiares e amigos.
Vinícola Ferreira
Piranguçu – MG, 37511-000
Tudo começou no ano de 2006 quando Eduardo Junqueira Nogueira Junior, quinta geração de uma tradicional família de cafeicultores do Sul de Minas Gerais, sofreu um ataque cardíaco e precisou repensar seus hábitos alimentares. Seu médico receitou uma taça de vinho por dia. Dessa forma, teve a grande ideia de produzir seu próprio vinho. Foi nesta época que reencontrou Murillo Albuquerque Regina, o grande pioneiro e desenvolvedor da atividade na região, que o apresentou à questão da dupla poda ou poda invertida, viabilizando o seu projeto.
As primeiras mudas de Syrah, Cabernet Sauvignon e Sauvignon Blanc foram encomendadas e no final de 2009 plantadas na Fazenda Capetinga. As plantas se desenvolveram bem com destaque para a Syrah. A ideia ia além, não apenas produzir vinhos tintos, mas também brancos, rosês e espumantes. Em 2011 foram plantadas as de chardonnay, para a produção de espumantes.
A ideia do nome Maria Maria veio através da amizade de Eduardo com Milton Nascimento, seu conterrâneo, em umas de suas frequentes visitas à Fazenda Capetinga, quando o parreiral estava sendo implantado. Milton brincou com Eduardo, ”Eduardinho do céu, você é doido. Nunca ouvi falar em plantar uvas aqui no Sul de Minas”. Desde aquele momento, o nome do projeto foi decidido.
Outro ponto curioso em relação aos vinhos, é que cada vinho fino leva o nome das mulheres ligadas à família, como Eva, Diana, Bia, Agda, etc.
Vinícola Maria Maria
Fazenda Santa Maria
Capetinga – MG, 37993-000
Quando o Luiz Porto decidiu transformar sua paixão por vinhos em negócio, ele não tinha dúvidas que seria um sucesso. No Sul de Minas ele encontrara todas as características para que suas mudas importadas da França expressassem ao máximo sua qualidade.
Sendo fruto e desejo de inovação, a vinícola associa espaço e tecnologia na elaboração de vinhos finos. Contando com tanques em aço inox, barricas de carvalho francês e americano e todo maquinário importado da Itália, a Luiz Porto Vinhos Finos consegue processar suas uvas totalmente, desde o vinhedo até o engarrafamento.
Vinícola Luiz Porto
Estrada Municipal de Cordislândia a Elói Mendes, Km 1, Zona Rural
Cordislândia – MG
Há mais de 30 anos, na cidade de Andradas, no sul do estado de Minas Gerais foi lançada a Casa Geraldo. Nesta longa história de dedicação os personagens que a construíram são filhos, pais, avós, bisavós que deixaram em seu DNA o amor pelo vinho. A família de imigrantes italianos que encheu suas malas na Itália de sonhos e desejos chegou ao Brasil com muito pouco nos bolsos, mas com muita vontade e amor no coração. Nesta luta por uma vida melhor, os costumes carregados para o Brasil tornaram-se ainda mais fortes e o vinho consagrou-se como elo entre a família e a alegria de viver.
Vinícola Casa Geraldo
Fazenda São Geraldo – Bairro Jaguari Acesso via Rodovia MG-455 Km 0,86 (Trevo Avenida João Domiciniano da Costa / MG-455, Andradas, Minas Gerais) – Cep: 37795-000
Andradas – MG
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Amo vinho.Degusto diariamente,mas o nosso governo precisa diminuir os impostos.Normalmente só compro os portugueses e italianos porque são mais em conta.Sei que o Brasil tem exelentes vinjos mas é preciso fazer pressão para os impostos diminuirem.
Os impostos no Brasil empobrecem a todos nós e são um tiro no pé da nação, pois não há retorno para ninguém, a não ser para a classe política...
Abri todos os sites indicados. Poucos possuem venda on line. Os demais sequer informam valores para compra, um deles não abriu.
Os preços estão bem elevados para vinícolas que querem entrar no circuito do vinho.
Na serra gaúcha encontramos qualidade igual ou superior com vinícolas bem mais experientes.
Já pensei em fazer um tour por estas vinícolas, mas esbarro sempre no mesmo problema, que não tive na serra gaúcha: Eu vou beber vinho e depois não vou pegar minha motocicleta e pilotar de volta ao hotel.
Nas pesquisas que fiz pelas cidades das vinícolas não vi serviço de transporte para as degustações nem hospedagens nas próprias vinícolas.
O turismo ainda precisa evoluir muito nestas cidades.
Tudo muito recente por lá, ao contrário do sul do país, onde a cultura ( e consumo ) do vinho, já é algo consolidado... Me parece que a produção não tem escala suficiente , os preços são pra lá de salgados e o turismo daí resultante estaria mais para "turismo de luxo só para alguns" ... Mas a qualidade dos vinhos é inegável e será cada vez melhor, isso não tem dúvida alguma...me parece também que a atividade ali estaria sendo conduzida com muito profissionalismo, o que é um ótimo sinal para o futuro... Agora é só investir em estruturas de acolhimento e publicidade, e "democratizar" o acesso, que pode esbarrar no fator $$$ e também na falta de interesse do brasileiro médio pela cultura do vinho, e estes fatores podem levar décadas ou mais até serem revertidos...nada é fácil, mas o essencial já está lá...
Os precos sao proibitivos para o bolso do brasileiro. Somente alguns dos rotulos da casa Geraldo da para encarar o preco.
Enquanto isso vou comprando os vinhos da Serra Gaucha que em menos de 5 dias chegam em casa.